
A primeira história e a mais comum vem de 1600 que diz que a primeira noiva a vestir-se de branco foi Maria de Médicis ao casar-se com Henrique IV, herdeiro da coroa francesa. Maria, princesa italiana, mesmo sendo católica não comungava da estética religiosa espanhola cujo o preto era a cor mais usada nestas ocasiões na altura, e assim, se mostrou em brocado branco como prova da exuberância das cortes italianas.
O vestido trazia um decote quadrado com o colo à mostra, o que causou grande escândalo perante o clero.
Michelangelo Buonarot, o grande artista do Renascimento, comentou este traje dizendo que mostrava o candor virginal da noiva, então com quatorze anos.

O facto é que o branco parece-nos tão óbvio hoje em dia que nos esquecemos de perguntar: e antes, qual era a cor do vestido da noiva?
De inicio, a única exigência do vestido de noiva era que ele fosse luxuoso pois este retratava a riqueza da família da noiva; pouco importava a cor dele. Durante a idade média (entre 470 e 1450) usou-se muito a cor vermelha, na época da Renascença (século XVI), começando o período barroco, foi a época em que a Espanha ditava a moda e o preto tornou-se a cor adequada para ser usada perante a religião. Todos estes trajes tinham como principal obrigação serem sumptuosos.
O maior fenómeno de moda-noiva (e nisso todas as opiniões convertem) é o casamento da rainha Vitória, da Inglaterra, que se casou em 1840 vestida de branco. Esta é a história que todos preferem guardar em mente pois foi das primeiras nobres a casar-se por amor, com um vestido e véu brancos e sem coroa: inédito naquela época. O vestido de noiva que entretanto tinha sido vermelho e numa época até preto, com este casamento voltou a ser branco até aos dias de hoje ao qual ainda é associado à pureza, virgindade e inocência da noiva e da cerimónia.